O terceiro e último dia do Rali da Argentina foi o mais curto dos três, com apenas três especiais e um total de 42,67 kms cronometrados mas, nem por isso, foi o mais fácil. As condições atmosféricas incertas alternavam entre o razoável e o muito mau, mesmo dentro da mesma classificativa, o que complicava ainda mais a tarefa dos pilotos. E os pneus duros da Pirelli continuaram a ser alvo de duras críticas por parte dos pilotos. Mas já lá vamos.
A primeira especial do dia, Mina Clavero, ditou o fim do rali para Petter Solberg. O norueguês encontrava-se tranquilamente instalado no segundo lugar quando, a meio da classificativa, o sistema eléctrico do Subaru Impreza simplesmente deixou de funcionar na sua totalidade obrigando Solberg a encostar resignado. Atkinson subia assim a segundo, posição que já tinha ocupado no primeiro dia de prova, enquanto Sordo fechava o pódium. Gardemeister, no Suzuki, continuava a ser vítima de problemas no SX4. A direcção assistida insistia em não funcionar correctamente e o piloto da Suzuki perdeu quase 4 minutos para o vencedor da especial, Latvala.
Na especial seguinte não houve problemas de maior mas tanto Loeb como Atkinson chegaram ao fim visivelmente irritados com os pneus duros. O facto de ter chovido copiosamente nesta classificativa deixou o piso ainda mais enlameado e em mau estado. "Para mim, que tenho uma vantagem confortável, não foi um grande problema" afirmou Loeb, "Mas para quem venha ao ataque é muito complicado. Tem que se rever a regra de um único composto de pneus para todoas as provas senão pode acabar por se tornar perigoso" concluiu o francês. Atkinson afinou pelo mesmo diapasão: "Vocês haviam de ver como estava esta classificativa. Foi de loucos!". Os pneus duros da Pirelli foram criticados durante toda a prova por grande parte dos pilotos. O composto duro não permite que os pneus aqueçam como deviam dificultando a aderência. O facto de não se poder fazer cortes nos mesmo impede igualmente que se melhore a capacidade destes em "escavarem" a lama com as melhorias em tracção que daí adviriam.
O último troço cronometrado do dia foi a super-especial em Córdoba que não trouxe alterações à classificação final. Sebastien Loeb acabou, assim, por ganhar pela quarta vez consecutiva na Argentina, enquanto Chris Atkinson trouxe o Subaru até ao segundo lugar final. A encerrar o pódium esteve o segundo Citroën C4 do espanhol Daniel Sordo. Na quarta posição terminou um surpreendente Conrad Rautenbach, num C4 privado, enquanto Hirvonen limitou as perdas com a quainta posição.
Em termos de tabelas de pilotos e construtores houve algumas mexidas tendo as mesmas ficado assim ordenadas:
- Loeb - 30 pontos
- Hirvonen - 25 pontos
- Atkinson - 22 pontos
- Latvala - 16 pontos
- Galli - 11 pontos
- P. Solberg - 9 pontos
- Sordo - 9 pontos
- Duval - 5 pontos
- Rautenbach - 5 pontos
- Ford -44 pontos
- Citroën - 41 pontos
- Subaru - 33 pontos
- Stobart - 22 pontos
- Munchies - 10 pontos
- Suzuki - 6 pontos
A próxima prova do Mundial é uma estréia absoluta neste campeonato. Trata-se do Rali da Jordânia que se disputa de 24 a 27 de Abril.